Chega a ser inexplicável que na direção da Loteria Mineira, há mais de quinze anos, esteja sentado o sr. Ronan Edgard dos Santos Moreira. Também inexplicável que nesse mesmo período esteja presente na LEMG a empresa Intralot, através de seguidas licitações e artimanhas, quase todas objeto de contestações istrativas, como também judiciais, no TCE-MG e no TJMG. Desde 2022, por exemplo, encontram-se no Tribunal de Contas de MG quatro denúncias e uma representação, que ninguém entende por que razão não são concluídas. Agora, movido por seus sócios na Intralot, um processo quer saber do destino que tomaram R$ 13 milhões, sempre com a chancela do sr. Ronan Edgard dos Santos Moreira, o eterno diretor da LEMG. Pelas explicações que vieram ao conhecimento público no processo que corre no TJMG, essa grana foi aplicada em operações de marketing da Loteria Instantânea (a raspadinha da mineira???), com a aprovação de Ronan Moreira mas que custearam a aquisição de camarote na arena do Galo, viagens internacionais, jantares em sofisticados restaurantes na Europa, aluguel de veículos de luxo, festas de aniversário de um dos sócios da Intralot com apresentação de cantores especialmente contratados para a festa. Sabe-se quem ganhou? Porque quem perdeu, certamente, foi a LEMG, uma estatal patrimônio do Estado de Minas Gerais. E ninguém fala ou faz coisa alguma.