O governo de Minas projeta alcançar, até o fim deste ano, a marca de R$ 500 bilhões em investimentos atraídos pelo Estado desde o primeiro mandato de Romeu Zema, iniciado em 2019. No mesmo período, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), estima que a atual gestão deve chegar a 1 milhão de carteiras assinadas em todo o território mineiro.

Simões afirma haver uma preocupação por parte do governo em manter a taxa de empregos em alta “porque, infelizmente, a situação econômica do Brasil não está mostrando sinais muito positivos para os próximos anos”, justificou. Nesse sentido, ele disse que o Executivo trabalha para que Minas Gerais esteja “o mais robusta possível em termos de atração de investimentos e instalação de empresas”. 

Na avaliação do vice-governador, o crescimento no investimento deve acompanhar o aumento de pessoas com carteira assinada no estado. Como ele lembra, em 2019, Minas tinha 3,3 milhões de trabalhadores no regime CLT. Atualmente, este número está em 4,27 milhões, ou seja, houve um incremento de 970.000 pessoas a mais com carteira assinada em comparação com a situação que Minas se encontrava quando Romeu Zema assumiu o Executivo estadual.

“O setor de mineração já anunciou mais de R$ 10 bilhões de investimentos nesses primeiros três meses do ano”, citou Simões, que ressaltou a diversificação dos investimentos como um dos trunfos do Estado. Ele destacou, como exemplo, o desempenho dos setores da agricultura, de energia fotovoltaica, de fármacos e da indústria pesada. “E esse é o nosso foco em termos de economia, para que a gente possa atravessar um potencial momento de crise, que venha a ser criada pela falta de controle fiscal do governo federal nos próximos meses”, afirmou.

Como lembra Simões, pela primeira vez na história, a produção de café em Minas Gerais ultraou a de ferro. “Nós não diminuímos a de ferro. É porque a de café continua crescendo”, ressalta. Isso demonstraria a importância do setor para o estado. Além disso, o vice-governador cita, como exemplo, os pólos de Pouso Alegre, de indústria pesada e eletromecânica, e o de Montes Claros, de fármacos, como setores que têm “chamado a atenção” e recebido o apoio do Governo de Minas.

Ainda de acordo com Simões, o estado tem apresentado um “ambiente favorável” para instalação de empresas. Prova disso seria a ampliação da operação de indústrias do setor alimentício e de bebidas, bem como de centros de distribuição de e-commerce.