O governador Romeu Zema (Novo) é favorável à proposta de Emenda à Constituição (PEC) defendida pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), para pôr fim à reeleição do presidente da República, de governadores e de prefeitos. Durante a abertura do 10º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Porto Alegre (RS), o governador avaliou, nesta quinta-feira (29/2), que um mandato de cinco anos está de bom tamanho.  

Zema ainda defendeu que a PEC ainda resolveria outro “problema”, já que unificaria as eleições gerais e as eleições municipais, que, hoje, ocorrem a cada dois anos. “Isso é muito bom. Nós vamos ar a ter eleição a cada cinco anos. A sociedade ganha. Em vez de se parar (a cada dois anos), ter campanha etc., vai ser a cada cinco anos que vai ter um pleito”, argumentou ele, que, reeleito, está no segundo mandato.     

Para o governador, as eleições, se realizadas a cada cinco anos, ficariam mais estruturadas e seria mais produtivo. “Acho que temos vivido política demais”, pontuou Zema. “Precisamos executar mais em vez de ficarmos envolvidos com questões eleitorais, que têm um custo enorme para a sociedade e acabam agravando a questão da polarização também”, concluiu ele, que disse que Pacheco lhe apresentou a proposta em um encontro na última semana.

Pacheco já reiterou que a PEC para pôr fim à reeleição será uma das prioridades do Senado em 2024, seu último ano à frente da presidência. “Pode ser que tenha alguma resistência (do governo federal), mas, mesmo com a resistência, a vontade é muito grande dos senadores. É impressionante. Com todo mundo que eu falo, dizem que tem que acabar”, disse o senador durante um café com jornalistas no último mês de dezembro, na Residência Oficial do Senado, região do Lago Sul de Brasília.  

Ainda de acordo com o que disse Pacheco à época, a PEC, caso seja aprovada, não prejudicaria quem hoje detém mandato e teria direito à reeleição, assim como os prefeitos eleitos neste ano. “Vamos fazer aritmética (para saber quando aria a valer). Se a gente quiser o fim da reeleição, o mandato de cinco anos e a coincidência de eleições, então vamos ter que fazer aritmética a partir de 2030”, explicou o presidente do Congresso.