A Seleção Brasileira masculina de vôlei estreia nesta quarta-feira (11), às 17h30 (de Brasília), no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, contra o Irã. Segundo o especialista Carlos Bizzocchi, a situação do elenco é diferente da feminina: faltam peças para recompor a equipe, que precisa reencontrar sua identidade e voltar à elite do vôlei.

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— Então, a Seleção masculina eu vejo já num outro panorama. A gente tem um grupo que deixa de participar e cria um vácuo muito grande para a preparação que começa agora.  Eu acho que o Bernardinho, diferente do Zé Roberto, vai pensar em Los Angeles daqui a quatro anos e ele deve estar maluco porque a gente não tem peças de reposição como a feminina tem. Você pode vislumbrar uma possibilidade mais otimista  para daqui a quatro anos — comparou Carlos.

— A gente precisa criar uma identidade a partir do voleibol que está sendo jogado hoje. O voleibol que está sendo jogado hoje é jogueiro, e o Brasil é jogueiro, só que a gente foi para o outro lado, que descaracterizou a nossa forma de jogar, a gente deixou de ser assim — completou.

Segundo Bizzocchi, o nível de voleibol apresentado pelas outras seleções cresceu, enquanto o Brasil permaneceu estagnado.

— Essa análise parece um pouco pessimista, mas o Brasil precisa criar uma forma de jogar, precisa evoluir em alguns pontos, que faça com que ele jogue de igual para igual com as equipes mais fortes — disse Bizzocchi.

Darlan em ação pela Seleção brasileira de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)

Seleção Brasileira de vôlei fica sem Bruninho e Lucão pela 1° vez em 20 anos

Bruninho e Lucão fazem parte de uma geração muito vitoriosa do vôlei no Brasil. Ambos foram convocados pela primeira vez em 2006 e conquistaram 14 títulos ao logo de mais de 20 anos com a Seleção.

A saída de craques deixou algumas posições sem substitutos à altura. No setor de levantadores, por exemplo, Cachopa é o mais experiente com a camisa da Seleção Brasileira em partidas oficiais. Resley, Matheus G, Fernando e Bieler fizeram aparições esporádicas ao longo dos últimos anos, marcando um momento de renovação para a equipe, mas que também expõe instabilidade em uma posição-chave.

— Então, tem um gap aí considerável. Para você ver, os três levantadores, por exemplo, são levantadores muito baixos, muito baixos, não tem como a gente competir — comentou Carlos.

Agenda de jogos do Brasil na Liga das Nações masculina

  • QUARTA-FEIRA, 11 DE JUNHO, 17h30 - BRASIL x IRÃ
  • QUINTA-FEIRA, 12 DE JUNHO, 17h30 - BRASIL x CUBA
  • SÁBADO, 14 DE JUNHO, 10h - BRASIL x UCRÂNIA
  • DOMINGO, 15 DE JUNHO, 10h - BRASIL x ESLOVÊNIA

Os jogos são transmitidos no SporTV 2. ➡️ Clique para assistir no Sportv